Empresas de fachada receberam R$ 300 mi de descontos indevidos do INSS | aRede
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Empresas de fachada receberam R$ 300 mi de descontos indevidos do INSS

Entidades efetuavam descontos de pensionistas e aposentados do INSS e dinheiro seguia para empresas de fachada alvos da PF

A Polícia Federal deu início a Operação Sem Desconto
A Polícia Federal deu início a Operação Sem Desconto -

Lucas Ribeiro

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A Polícia Federal (PF) mapeou empresas de fachada que receberam milhões provenientes de desvios relacionados à cobrança indevida de descontos de mensalidades associativas de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com a apuração da operação Sem Desconto, entidades que mantinham convênios com o INSS faziam as cobranças indevidas direto na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas e depois repassavam os valores desviados para as empresas de fachada. O esquema de cobrança irregular foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens.

A coluna apurou que somente um dos grupos de empresas de fachada investigado recebeu mais de R$ 300 milhões proveniente dos desvios.

A investigação mostrou que os responsáveis pelos desvios ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.

Os investigadores faziam viagens e festas exclusivas e mantinham veículos de luxo comprados com o lucro das atividades ilícitas. Um casal investigado, apurou a coluna, comprou cerca de 100 veículos.

BUSCA E APREENSÃO - Como mostrou a coluna, a Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (23/4) 211 mandados de busca e apreensão e outros 6 de prisão para avançar em uma investigação sobre cobranças indevidas feitas por entidades em contas de pensionistas e aposentados do INSS.

A megaoperação foi batizada de Sem Desconto e é realizada em 13 estados. O atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo e é alvo da investigação.

A investigação tem como alvos pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos investigados por cobranças indevidas que chegam a R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, segundo a PF.

A sede do INSS em Brasília e servidores da atual direção são alvos da operação. Stefanutto foi afastado do cargo por decisão judicial. Ele é um dos alvos da investigação.

Também são cumpridos ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e o afastamento de seis servidores

Os mandados são cumpridos pela PF nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Confira a matéria completa no Metrópoles.

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